6 dicas para ajudar a manter a saúde mental durante a quarentena

Postado em 8 de abril de 2020 | por
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O período de quarentena por pandemia de coronavírus pode contribuir para agravar os quadros de ansiedade em todo o mundo. O Brasil é o líder global em volume de pessoas ansiosas (18,6 milhões), de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse número representa cerca de 10% da população convivendo com o transtorno.
 
Nessa época de incertezas em relação a Covid-19, o sistema imunológico e o equilíbrio mental dessas pessoas tendem a ficar fragilizados. De acordo com Karina Stryjer, psicóloga e gerente de promoção de saúde da It’sSeg, terceira maior corretora de seguros do País especializada em gestão de benefícios, o isolamento pode ser angustiante por diversos motivos, que vão desde o medo de contrair a doença até as perdas financeiras. 
 
“As pessoas são especialmente impactadas por fatores que fogem ao seu controle, como é o caso da pandemia gerada por um vírus invisível, desconhecido e incontrolável até o momento. Então, a situação que estamos enfrentando demanda cuidados não só com a saúde física, mas também com a psicológica”.

Confira abaixo seis conselhos da especialista para manter o equilíbrio durante o período de isolamento:

Saúde mental – procurar manter a calma é importante/Foto: fizkes/Getty Images/iStockphoto

1 – Tente manter a calma

De acordo com Karina, o isolamento tende a exercer maior impacto emocional quando já existe predisposição para quadros depressivos ou para ansiedade. A imunidade também corre risco, caso um estado de estresse venha a ocorrer com frequência. Quando acontece, uma série de hormônios de defesa, como adrenalina, cortisol e noradrenalina, entram em ação e prejudicam o sistema imunológico, abrindo brechas para o contágio de novas doenças.

Para manter a calma, procure entender o assunto à fundo por meio de canais seguros e evite ficar pensando sobre o tema durante o dia. Mantenha uma rotina ativa e saudável e lembre-se de que a situação, além de passageira, vai contribuir para o progresso científico, médico e intelectual.

Saúde Mental – bem coletivo deve ser priorizado/Foto: iStock

2- Lembre-se de que seu esforço contribui para o bem coletivo

Em primeiro lugar, é importante ter em mente que seu esforço pessoal impede que um número ainda maior de pessoas se contagie com o vírus. O isolamento é importante para quem apresenta ou não sintomas da doença, afinal, o quadro pode ser assintomático ou pode demorar para que se manifeste. A quarentena pode interromper a propagação da pandemia e salvar vidas.

Saúde Mental – utilizar as tecnologias para boas causas traz bem-estar

3 – Apoie-se na tecnologia

A tecnologia é uma grande aliada para o equilíbrio da saúde mental durante a quarentena. Aproveite as redes sociais para manter contato com familiares, amigos e colegas de trabalho. Por mais que o contato pessoal não seja possível, ligações e videochamadas podem facilitar as relações e amenizar os impactos da distância. Além disso, é possível encontrar filmes, séries, livros e jogos gratuitos voltados para diversas faixas etárias.

Com o grande número de pessoas em isolamento social, as empresas também passaram a oferecer maiores recursos à população: operadoras como Vivo e Claro disponibilizaram o acesso a uma série de canais por assinatura; Amazon, Sky, Netflix e Globoplay liberaram o conteúdo para não assinantes por tempo limitado; Plataformas de ensino à distância, como Stoodi e Udemi, e grandes universidades e centros educacionais, como Senai, FGV e Harvard, disponibilizaram cursos para diversas áreas com certificado gratuitamente.

Saúde Mental – é possível evitar uma rotina sedentária durante a quarentena

4 – Mantenha-se ativo

Apesar da tecnologia ser uma aliada, evite desenvolver uma rotina sedentária. Procure formas de fazer atividades físicas dentro de casa. Planeje um cronograma com alguns exercícios que podem ser feitos até mesmo com sacos de alimentos, por exemplo. Atividades manuais estimulantes, como artesanato e gastronomia, também são boas alternativas.

Segundo a especialista, estamos muito acostumados a pôr a intelectualidade em prática. “Quando começamos a usar mais o corpo e outras fontes de percepção, automaticamente podemos relaxar a parte cognitiva, algo importante para manter a calma. Dentro de casa, temos oportunidade de cozinhar, de fazer jardinagem, organizar o espaço de trabalho e desempenhar outras atividades que auxiliem para o relaxamento, estado natural do ser humano. Só assim conseguimos criar, inovar, acolher e ajudar o outro”.

Empatia é o exercício de se colocar no lugar do próximo

5 – Tenha empatia

Em meio às dificuldades físicas e psicológicas que o período pode apresentar, preze pela empatia. A criação de uma rede de apoio entre todos torna tudo mais suportável. Mesmo que à distância, procure manter contato com conhecidos e preste atenção caso demonstrem instabilidades emocionais. Segundo Karina Stryjer, uma solução para o momento é investir em terapias on-line, que são tão eficazes quanto as presenciais e não vão pôr em risco a saúde do profissional e do paciente. “Com a resolução do Conselho Federal de Psicologia, que liberou o atendimento virtual para evitar o alastramento da pandemia da Covid-19, as pessoas poderão receber acolhimento de profissionais habilitados e receber as primeiras recomendações. Os canais de escuta são terapêuticos e certamente irão beneficiar a população”.

Saúde Mental – Estabeleça horários específicos e procure informações de fontes confiáveis

6 – Estabeleça horários e se mantenha informado por canais confiáveis

O excesso de informações pode causar picos de ansiedade constantes. Evite ficar com televisões e rádios ligados o dia todo consumindo notícias sobre o coronavírus. No entanto, é de extrema importância que todos estejam bem informados e que acompanhem as novidades e resoluções acerca do tema. Uma dica é escolher períodos do dia para acompanhar os noticiários e utilizar o resto do tempo livre para praticar atividades físicas e manter a rotina de trabalho e da família.

De acordo com Karina, é importante que em um momento como esse, todos tenham acesso à informação correta proveniente de canais oficiais, como o do Ministério da Saúde, para evitar o pânico. Acompanhar informações de outros países também pode agravar a situação de maneira equivocada, já que estamos falando sobre um vírus novo, que pode se adaptar de formas distintas ao redor do mundo”.
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